Urtiga ou Ortiga
Nome cientifico: Urtica Dioica, U. comunis;
Nome vulgar: urtiga ou ortiga maior;
Família: Urticáceas
Sinonímia: urtigão; grosse brennessel (alemão); ortiga mayor (espanhol); ortie dioique (francês); sting nettle (inglês); ortica maggiore (italiano) ;
Habitat: A urtiga-maior desenvolve-se espontaneamente nos terrenos baldios, em solos com estrume e à beira de rios nas zonas temperadas da América, Ásia, África, Europa e Austrália, propagando-se por divisão. Considerada uma erva daninha, pois invade com espantosa rapidez também os terrenos cultivados, atesta a boa qualidade dos solos, estimulando o crescimento de outras plantas, tornando-as mais resistentes às doenças que as atacam e melhorando a qualidade de vegetais tuberosos. A suas hastes e folhas podem ser usadas como adubo.
Características: Planta perene, de meio a um metro de altura, oriunda da Europa, a urtiga-maior tem raízes rasteiras e hastes fortes, simples, erguidas e de coloração verde-evaecida. A suas folhas são grandes, oval-lanceoladas, serrilhadas, dotadas de duas estipulas e revestidas de pêlos urticantes. Dá pequenos grupos de flores femininas e masculinas esverdeadas (segundo alguns autores, amarelas) em plantas separadas, sendo a polinização realizadas pelo vento. Produz aquênios ovalados.
Recolha: a planta pode ser recolhida dês de princípios da Primavera até princípios do Outono
Componentes:
· Ácidos: cafeico, ferúlico, fólico (planta); ascórbico (folhas); liloneico, oleico e palmítico (sementes);
· Vitaminas: Vitaminas do grupo B (Niacina, Riboflavina, Tiamina, Colina) (folhas)
· Mucilago (planta)
· Lecitina (planta)
· Histamina (pelos urticantes)
· Serotinina (pelos urticantes)
· Acetilcolina (pelos urticantes)
· Taninos (planta, especialmente a raiz)
· Minerais: Nitrogénio, potássio, ferro, cálcio, enxofre, magnésio, alumínio (folhas)
· Álcoois: Glicerol ou propano-1,2,3-triol (IUPAC, 1993) (glicerina) (sementes)
· Clorofila
Algumas propriedades medicinais adaptáveis aos canários:
Estimulante do aparelho digestivos e antidiarreico:
Protege o fígado e ajuda a sua recuperação no caso de enfermidade hepática. Favorece a função biliar . – Os ácidos cafeico, linoleico e oleico intervêm no seu poder de hepático-protector. Aumenta as secreções e favorece os movimentos peristálticos, pelo que contribui para favorecer a digestão, ajudando o estômago, e na eliminação das fezes do intestino, pelo que se pode considerar como um laxante suave (infusão de duas colheres de folhas secas por litro de água. Tomar três vezes ao dia antes das refeições.). a riqueza em taninos, especialmente na raiz, na fase adequada no tratamento de diarreias.
Diurético:
Favorece a eliminação de liquido no corpo, pelo que resulta interessante não somente no caso da obesidade, senão também naquele conjunto de doenças que melhoram com a eliminação de água e a conseguinte eliminação de toxinas e especialmente o ácido úrico: enfermidades circulatórias, hepáticas, pedra no rim, gota, artrites, reumatismo, etc.,
Tem outras propriedade diversas:
Hemóstatica, anti-arteriosclerótica, antidiabética, antianémica, galactogena, anti-próstatica, Alzheimer e Impotência.
Toxicidade:
Não convêm abusar desta planta porque, em alguns casos, pode ocasionar algumas reacções estomacais. Trata-se de uma espécie que, ao viver em zonas ricas em dejectos orgânicos, tende a acumular nos seus tecidos grandes quantidades de nitratos, pelo que, ao tomar-se sem moderação, pode resultar prejudicial.
A urtiga, quem sabe, será das plantas que mais acções benéficas poderá trazer para os nossos pássaros. Constatou-se que esta planta é boa, como vimos atrás descrito, para muitos dos problemas e distúrbios intestinais, assim como para:
· Pássaros débeis no geral;
· Desequilíbrio da flora intestinal;
· Estimular o cio e a postura;
· Tripa vermelha ou inchada;
Tem também uma função importante na desparazitação interna dos pássaros.
A urtiga pode ser administrada de varias formas:
1. Administrando a planta directamente, sem antes, a ter lavado e desinfectado previamente com um desinfectante específico para verduras, podemos usar o vinagre de cidra, á base de Hipoclorito de Sódio, lexívia ….
2. Na água da bebida em forma de infusão, neste caso cozem-se as urtigas durante uns minutos, deixa-se repousar e coaremos a água, administramos de seguida no bebedouro, renovando-a duas vezes ao dia, e conservando o restante no frigorifico ( este tipo de infusão é bom para tratar os pássaros com a tripa vermelha).
3. Na papa de criação, só temos de triturar muito bem a urtiga com os talos incluídos, e misturar com uma boa papa de criação ( por volta de 10 partes de pasta de urtigas trituradas, 5 partes de brócolos e 85 partes de papa de criação seca).
4. Através de produtos naturais e já confeccionados, e que se encontram no comercio especializado:
é o caso da tisana que é um produto natural á base de extracto de urtiga e dente de leão entre outras plantas silvestres, favorecendo a acção depurativa do organismo.
Como podemos concluir por este pequeno trabalho, temos por vezes á mão produtos naturais ou mesmo outros feitos de plantas que substituem na perfeição os sintéticos.
Bibliografia:
JCavalheiro (06.02.2010)
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