O CANÁRIO SILVESTRE (Serinus canarius)

23-07-2009 20:18

 

Os primeiros contactos com o Canário Silvestre(Serinus canarius), remontam ao século XVI, á cerca de 500 anos, foram feitos por marinheiros espanhóis que naufragaram nas costas das Ilhas Canárias, proveniente de um qualquer barco que se dirigia para Sul em direcção a África. Os primeiros marinheiros que pisaram terra firme foram atraídos pelos trinados melodiosos das pequenas aves que habitavam as ilhas, como todos sabemos os homens do mar sempre gostaram de ter a sua mascote, e estas pequenas aves além dos bonitos trinados também tinham uma não menos vistosa plumagem.

Estes pequenos pássaros pertencem á:

Família: Fringílidos; Ordem: Paseriformes; Classe: Aves

Foram o pilar da canaricultura como afeição e como ciência, estes pequenos pássaros têm uma longitude média de 13 a 14 cm. Apresenta uma cabeça arredondada e harmoniosa com bico cónico de cor castanha, esverdeado, anéis oculares e parte inferior do bico mais claros que o resto e a parte superior do mesmo cinzento enegrecido. A cor dominante das penas é o verde azeitona com algumas penas do dorso, asas e cauda que apresentam zonas pardo-negras, produzindo o típico tom esbatido. O peito, sobretudo nos machos, pode ser de um verde amarelento, mais limpo e de infracoberturas caudais de um tom verde pálido. Vive no estado selvagem nas ilhas micronésias das Canárias, Açores e Madeira, em zonas de bosque, arbustos, cultivos frutais e jardins. Funcionalmente polígamos, as observações realizadas no campo confirmam que na natureza um macho tem varias fêmeas simultâneamente, contrariando no que ocorre em cativeiro.

Tem uma longevidade de cerca de sete anos em liberdade, em cativeiro pode viver de dez a doze anos.

Adapta-se bem a viver em cativeiro, como nas gaiolas dos canários domesticados, em espaços amplos é possível criar vários exemplares sem atingirem a sobrelotação.

A alimentação é fundamentalmente granívoro, deve basear-se numa dieta de sementes de alpista, cânhamo, cardo, alface, nabo e Níger em proporções de 5.1.1.1.1.1 respectivamente que, pode eventualmente enriquecer-se com sementes de adormidera e aveia descascada em pequenas quantidades. Como complemento quase obrigatório deve-se proporcionar-lhes alimentos frescos na forma de folhas de couve ou dente de leão, sementes germinadas e pedaços  de fruta, maçã e pêra. Durante a criação, especialmente na alimentação das crias é muito conveniente oferecer-lhes uma pasta de biscoito e gema de ovo cozido que se deve substituir três vezes ao dia para evitar fermentações.

São aves cujo carácter e comportamento durante a nidificação é territorial, tornando-se gregários o resto do ano. Mais tímidos e fugidios que os seus descendentes domésticos, chegam no entanto a habituar-se francamente bem ao cativeiro, sempre que se lhes proporcionar gaiolas amplas nas quais possam voar. Os exemplares capturados no ninho, chegam a comportar-se como as variedades obtidas pelo homem e podem viver largos anos nas reduzidas gaiolas, chamadas de concurso. Criam bem e se utiliza, ás vezes, para reforçar as estirpes das raças tradicionalmente seleccionadas em cativeiro. Podem conviver com outros frigilideos e inclusivamente com aves exóticas em viveiros amplos.

Estas aves requerem como cuidados diários, mais tranquilidade que as suas congéneres domésticas e somente deverá cuidar-se da limpeza da água e proporcionar-lhes um banho com água limpa cada dia.

A reprodução é relativamente fácil, pode conseguir-se numa gaiola de criação com gaiolas-ninho e cestas-ninho, para um parelha de um macho e duas fêmeas, se a gaiola for suficientemente ampla. As ninhadas constam de três a cinco ovos que eclodem após cerca de treze a catorze dias de incubação. Os jovens abandonam o ninho ás três semanas dependendo dos pais até aos trinta a trinta e cinco dias de vida.

São de constituição geralmente robusta, são no entanto bastante sensíveis ás mudanças de temperatura, ao frio e á humidade.

JCavalheiro

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